Definição

O Hemangiossarcoma (HSA) no cão é um tumor altamente maligno das células endoteliais (células que revestem os vasos sanguíneos). Podendo ter origem em qualquer parte do corpo, ele é mais comum no baço, fígado, coração e pele sendo que a localização é fator de prognóstico, uma vez que HSA localizados na pele e que não atinjam o tecido subcutâneo possuem melhor prognóstico.

O Hemangiossarcoma metastiza com frequência, nomeadamente para os pulmões e gânglios.

Algumas raças são predispostas para esta neoplasia tais como o Boxer, Pastor Alemão, Golden Retriever e Dobermann.

Sintomas

No caso do HSA cutâneo, o proprietário deteta uma tumefação na pele. Os HSA viscerais não exibem sintomatologia até uma fase tardia sendo mais comummente detetados ao exame físico pelo veterinário. Infelizmente, muitos casos são detetados nas urgências devido a hemorragias internas originadas no tumor e que levam a quadros de choque hipovolémico.

Diagnóstico

O diagnóstico é conseguido através de Citologia ou, preferencialmente, biópsia uma vez que muitos HSA são cavitários e compostos por áreas de hematoma e hemorragia que poderão levar a falsos resultados negativos na citologia. A ecografia é também essencial para diagnosticar HSA viscerais localizados no fígado ou baço.

O exame radiográfico de tórax e a ecografia cardíaca são úteis para diagnosticar metástases pulmonares e cardíacas (presente em 25% dos casos).

Os HSA não devem ser confundidos com Hemangiomas que são lesões benignas normalmente provocadas por radiação solar em cães com pele clara.

Tratamento

O tratamento é cirúrgico sendo importante respeitar margens cirúrgicas generosas. No caso de HSA no baço, a cirurgia envolve a sua remoção. Devido ao seu elevado potencial metastático (com exceção dos HSA cutâneos), a cirurgia deve sempre ser seguida de tratamento adjuvante, isto é, quimioterapia. Os protocolos utilizados envolvem normalmente a utilização de Doxorrubicina cada 3 semanas. Esta terapia é mais eficaz em doença microscópica, daí a sua utilização após remoção do tumor principal, mas há casos em que se documentam respostas mesmo na presença de metástases macroscópicas.

A utilização de protocolos de quimioterapia metronómica é recente, mas parece ter resultados encorajadores, semelhantes à da quimioterapia convencional.

No futuro, estuda-se a hipótese da utilização de inibidores c-Kit e de vacinas que poderão ajudar a prolongar a vida de cães com esta patologia.

 Hugo Gregório, MV

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