AniCura apresenta estudo anual sobre a utilização indiscriminada de antibióticos

Os antibióticos podem salvar a vida dos animais de estimação, mas apenas se os utilizarmos de forma racional. Em 2018, a AniCura estabeleceu um objetivo ambicioso para o uso responsável de antibióticos em cães, visando que apenas 5% dos cães sejam tratados com antibióticos até 2030.

  • Nos dias 20 e 21 de novembro, a Dechra e a AniCura realizaram uma série de oito palestras em oito cidades diferentes da Península Ibérica, que inclui Lisboa e Porto, sobre o tema “Uso responsável de antibióticos em Dermatologia”.

A AniCura, grupo de hospitais e clínicas especializado em cuidados médico-veterinários para animais de companhia, anuncia o início do primeiro estudo anual sobre antibióticos sistémicos versus indicação de tratamento, incluindo a utilização de ferramentas de diagnóstico, que foi realizado como parte do programa de qualidade da AniCura, centrado na segurança dos doentes em 2016.

Perante o aumento da incidência de bactérias resistentes a antimicrobianos em seres humanos e animais, é essencial que todos assumam a sua responsabilidade. A AniCura adota uma abordagem focada no uso criterioso de antibióticos, visando reduzir ao máximo o risco de resistência antimicrobiana, que representa uma ameaça tanto para a saúde dos animais de estimação quanto para a dos seres humanos. Um dos principais desafios enfrentados é a falta de dados sobre os padrões de prescrição de antibióticos no setor veterinário, o que motivou a AniCura a implementar um inquérito interno anual sobre o tema.

Mudar o comportamento de prescrição entre os veterinários  

Em 2018, foi estabelecido um objetivo ambicioso para a utilização responsável de antibióticos em cães, visando que apenas 5% dos cães sejam tratados com antibióticos até 2030. Desde o primeiro inquérito anual sobre antibióticos sistémicos, têm sido feitos progressos constantes na redução da prescrição de antibióticos nas clínicas e hospitais da AniCura em toda a Europa.

A AniCura apresentou os resultados do oitavo inquérito anual. No total, 295 clínicas AniCura em 12 países participaram no estudo, que incluiu 47 878 cães, dos quais 3 524 foram tratados, com 7,4% a receberem antibióticos durante a semana medida. A incidência do uso de antibióticos variou entre hospitais e países, indo de 3,5% a 12,9% durante a semana medida.

O inquérito mostra que utilizamos principalmente o ácido amoxicilina-clavulânico, que é prescrito a um em cada dois cães que recebem antibióticos. O inquérito também indica que apenas 5% das prescrições são para antibióticos de classe B, classificados pela Agência Europeia de Medicamentos como criticamente importantes na medicina humana, o que é uma demonstração positiva de um comportamento de prescrição responsável”, afirma Elena Decataldo, Head of Medical AniCura Iberia.

Palestras da Semana Mundial para a Sensibilização da Resistência aos Antimicrobianos

De 18 a 24 de novembro assinalou-se a Semana Mundial para a Sensibilização da Resistência aos Antimicrobianos (WAAW), uma campanha global promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para alertar a sociedade para o uso consciente dos antibióticos e para o impacto da resistência antimicrobiana (RAM). Este ano, a campanha adota o tema “Educar. Promover. Agir agora.”

Neste contexto, nos dias 20 e 21 de novembro, a Dechra e a AniCura realizaram um conjunto de oito palestras em oito cidades diferentes da Península Ibérica sobre o tema “Uso responsável de antibióticos em Dermatologia”, juntando-se assim à dinamização desta campanha global. Estas sessões tiveram lugar em Barcelona, Madrid, Sevilha, Bilbau, Terán, Santiago de Compostela, Lisboa e Porto.

A prescrição de antibióticos deve ser justificada e necessária

Um dos compromissos da AniCura consiste em assegurar uma utilização mais prudente dos antibióticos a nível europeu, a fim de sensibilizar e incentivar a tomada de medidas para combater o aparecimento e a propagação de bactérias resistentes aos medicamentos no setor veterinário.

A utilização responsável de antibióticos é importante para contrariar a propagação de bactérias resistentes. Para reduzir os tratamentos desnecessários, temos de escolher o paciente certo, com o diagnóstico certo, e administrar a substância certa. É apenas através da formação contínua e de uma ampla visibilidade que podem ser feitos mais progressos nesta área crítica”, acrescenta Elena.

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