Pulgas e carraças

As pulgas são parasitas externos, de pequenas dimensões, que se alimentam do sangue de mamíferos e aves. Eles dependem do hospedeiro para se alimentar e proteger.
Além do incómodo das picadas, alguns cães são alérgicos à saliva da pulga, manifestando dermatites pruriginosas, difíceis de controlar. Existem ainda alguns agentes patogénicos transmitidos pela pulga.

A infestação com pulgas ocorre muito facilmente, durante um passeio curto à rua ou ao jardim, por exemplo, independentemente das condições higiénicas do seu ambiente. A pulga salta para o hospedeiro e em poucos minutos inicia a sua alimentação. À medida que se alimenta esta vai também reproduzir-se, depositando ovos na superfície da pele do cão e na casa. Estes ovos, em ambiente doméstico poderão originar novas pulgas, perpetuando assim a infestação. Uma pulga pode depositar até 50 ovos por dia! Assim sendo, o tratamento do cão e o controlo ambiental devem fazer-se de forma integrada.

Infestação por pulgas

  • Tratar o cão a fim de eliminar rapidamente as pulgas adultas do animal – aconselhe-se com o seu médico veterinário sobre o produto a utilizar.
  • Aspirar todos os compartimentos da casa, incluindo carpetes, tapetes, sofás e almofadas.
  • Lavar com água quente todos os têxteis (camas, mantas, etc…).
  • Em casos de infestações graves existem produtos de aplicação ambiental que têm como objetivo eliminar ovos e pulgas adultas.
  • Posteriormente fazer um rigoroso plano de prevenção.

Infestação por carraças

As carraças são parasitas que têm como hospedeiro preferencial o cão. Estas picam e fixam-se através do seu aparelho bucal à sua pele e alimenta-se de sangue. Para além das alterações cutâneas no ponto de penetração da carraça, estas são também responsáveis pela transmissão de doenças graves, tanto aos animais como ao Homem. A designação “febre da carraça” é utilizado para descrever um conjunto de doenças transmitidas pela picada da carraça, tais como a Babesiose ou a Erliquiose, que têm como principais manifestações clínicas a apatia, anorexia e febre, podendo associar-se a uma coloração alaranjada da urina.

Encontrar uma carraça presa à pele do seu cão não significa necessariamente que esta lhe tenha transmitido uma doença. No entanto, é importante removê-la e fazê-lo corretamente, para que seja retirado o ponto de fixação. Pode utilizar uma pinça ou uma própria para o efeito. O importante é que agarre a carraça o mais próximo possível da pele do animal.

Deve rodar a pinça até que se solte da pele. Após extração da carraça limpe e desinfete a pele. Inspecione diariamente a zona até à cicatrização completa. Caso a ferida se complique ou o cão demonstre sinais de doença, como febre, diminuição do apetite ou prostração consulte o seu médico veterinário.

É importante proteger o seu cão contra pulgas e carraças e garantir um tratamento eficaz no caso de infestações, para evitar doenças e a contaminação da casa. Existem diversos produtos para controlar estes parasitas sob a forma de pipetas “spot-on”, coleiras, comprimidos ou sprays. A escolha do produto ideal para o seu cão dependerá do seu estilo de vida, grau de exposição a parasitas e hábitos de higiene.

 

As infestações com parasitas externos podem ocorrer em qualquer época do ano, apesar de apresentarem picos de incidência na Primavera e Outono. Assim sendo recomenda-se a utilização de ectoparasiticidas ao longo de todo o ano.

Se existirem outros animais em casa ou que contactem regularmente com o seu cão, deve garantir que todos fazem uma prevenção adequada, já que animais não tratados podem funcionar como fonte de novas infestações e contaminar o ambiente.

Parasitas internos

Existem muitos parasitas que afetam o aparelho digestivo do cão, os mais comuns são os nemátodes (vulgarmente designados por lombrigas) e os céstodes, também conhecidos por ténias. Os parasitas vivem, alimentam-se e reproduzem-se no seu hospedeiro. Os animais e as pessoas contaminam-se pela ingestão de formas infestantes (contacto com terra ou fezes de animais) ou durante a gestação ou amamentação. A desparasitação “interna” é uma rotina importante no plano de medicina preventiva, já que estes constituem um risco para a saúde dos animais, mas também para a das pessoas que com eles contactam.

O plano de proteção antiparasitária deve incluir a administração de desparasitantes internos e externos. Este pode variar e deve ser adaptado pelo seu veterinário ao seu cão, em função do risco.

AniCura Atlântico Hospital Veterinário

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